Responsabilidade Afetiva
Nunca se deve fazer o outro criar esperanças sobre aquilo que não estamos dispostos a oferecer. É crueldade com os afetos deixar que nasçam expectativas que nunca serão realizadas.
Ser responsável afetivamente não está em ser recíproco, está em ser claro sobre os próprios sentimentos, sobre o seu momento, sobre os seus limites, sobre o que pode oferecer naquele estágio do contato a dois.
Dói quando alguém não é recíproco. Mas dói mais quando não é, depois de fazer acreditar que fosse. Dói o engano, a decepção, a esperança que morreu depois de ter sido alimentada por tanto tempo.
O outro precisa ter conhecimento do que está sendo oferecido para ter o direito de decidir ficar ou não. É esse respeito que torna as relações saudáveis, mesmo que sejam relações casuais ou passageiras.
É sobre comunicar e analisar se há um alinhamento entre o que ambos buscam e tem a oferecer. A comunicação evita feridas.
Nem sempre vamos amar alguém de volta, querer as mesmas coisas, sonhar os mesmos sonhos. Mas ter responsabilidade emocional é o mínimo e o necessário que alguém deve oferecer ao tocar o coração de alguém.
TEXTO DE: Alexandro Gruber